sábado, 30 de abril de 2016

Fim da linha


Como em tudo na vida, o tempo deste blogue (casimirogomes.blogspot.com) esgotou-se. A todos quantos, com maior ou menor regularidade, o visitaram, os meus agradecimentos. Todavia, o anúncio desta "morte" não significa o fim das minhas aventuras na blogosfera. A partir de amanhã, dia 1 de Maio, à mesma hora, caso assim o entendam, podem continuar a segui-las em segundofolego.blogspot.com. O espírito será o mesmo. Fica prometido!

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Banco mau


O que pensar da proposta de António Costa em criar um banco mau que fique com todo o crédito malparado da banca nacional? Vamos por partes. À primeira vista a ideia parece boa. Livrar os bancos do crédito malparado (muito dele, seguramente, de cobrança impossível) melhoraria os seus rácios, logo ficariam com mais dinheiro disponível para financiamento da economia. Mas emprestar a quem? Os incumpridores, famílias ou empresas, cujos créditos teriam transitado para o banco mau, continuariam a ver o crédito por um canudo. Por outro lado, com crescimentos anémicos como os que temos vivido (e que, infelizmente, se perspectivam para o futuro), haverá tanta gente assim decidida a novos investimentos? Provavelmente não. Para além disso, segundo a banca, o problema do financiamento da economia não se deve à falta de dinheiro, mas sim à falta de projectos "com pernas para andar". Por último, mas não menos importante, quem pagaria a factura? É que por muito milagreiro que o banco mau venha a ser, o que conseguir cobrar não cobrirá, certamente, o montante emprestado pelos bancos. Logo haverá perdas. Mais uma vez, quem as pagará?

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Contar com o ovo no cu da galinha


Houve ou não houve acordo entre a Santoro Finance (Isabel dos Santos) e o CaixaBank, relativamente ao BPI, no passado dia 10 de Abril? Isabel dos Santos diz que não, CaixaBank e BPI dizem que sim. Dois contra um, logo, estatisticamente, é mais provável que tenha havido acordo do que o contrário. Mas, tendo havido acordo, ainda não estaria nada assinado, o que originou o imbróglio. De qualquer forma, como a coisa deu para o torto, António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa tiraram da gaveta a bomba atómica (desblindagem dos estatutos dos bancos) o que terá provocado a ira de Isabel dos Santos que acusa o governo português de ter feito uma lei "à medida". Sendo ela quem é (filha do Presidente de Angola), de certeza que quem vai pagar as favas é o mexilhão (leia-se, trabalhadores e empresas portuguesas a operar e/ou exportar para Angola). Moral da história, contar com o ovo no cu da galinha é perigoso. Tanto o Presidente da República como o Primeiro-Ministro precipitaram-se ao considerarem o acordo Santoro-CaixaBank como um dado adquirido.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Grande Chefe (mas pouco!)


Com as perspectivas de crescimento económico em baixa, o Grande Chefe Mário Centeno está a "apertar os calos" em termos da execução orçamental. Gastar sim, o orçamentado (de preferência não gastar tudo), mais um cêntimo que seja só com o aval prévio das Finanças. E vamos lá a ver se a geringonça aguenta a enorme pressão a que está sujeita, sobretudo, pelas instâncias internacionais (Comissão Europeia, FMI, BCE).